Qual a melhor cirurgia para Vasectomia?

Dr. Antonio Celso Di Piero –  CRM 73534

Note o canal preso pela pinça separado da artéria, veia e nervo.
Aspecto final da vasectomia por perfuração.

Veja o vídeo da cirurgia: Vasectomia sem corte e sem dor.

Pontos da cirurgia:

Apreensão do deferente com os três dedos, indicador, polegar e médio.

Anestesia local na pele em cima do deferente e mais profundamente nas laterais do deferente.

Perfuração da pele em cima do deferente e criação de um espaço em ambas as laterais do deferente.

Apreensão do deferente com pinça e tração até a perfuração da pele.

Incisão da bainha do conjunto deferencial com a própria agulha de insulina.

Introdução da pinça pontiaguda dentro da bainha paralelamente ao deferente e retirada da mesma trazendo o deferente para fora da bainha.

Dissecção do deferente com pinça e isolamento deste, separando-o da artéria, veia e nervo.

Ligadura do deferente em dois pontos com fio nylon 3-0 e retirada de um segmento.

 

 

Consentimento Informado para realização da Cirurgia de Vasectomia

Eu, abaixo assinado, procurei o médico, ____________________________________ , para ser submetido a uma cirurgia de Esterilização Permanente, a Vasectomia, uma vez que estou decidido em não mais ter filhos.

Antes da cirurgia, foi me informado que:

A Vasectomia é um método cirúrgico definitivo de interrupção da fertilidade masculina, causada pela secção dos ductos deferentes, interrompendo assim a passagem dos espermatozoides para o líquido ejaculado, o sêmen.

As complicações, raras, que podem ocorrer são: Hematoma (sangramento interno), manchas escuras no escroto e/ou pênis (equimoses), dor local, aparecimento de nódulo no local do deferente, infecção da pele e até do tecido escrotal, além de infecção e/ou inflamação do epidídimo e/ou testículo, a chamada orquiepididimite, que pode ser grave quando infecciosa, levando até mesmo a perda do testículo. Esta orquiepididimite pode se desenvolver por uma infecção prévia latente do epidídimo, que estava assintomática antes da vasectomia.

Se ocorrer qualquer uma dessas situações, ou outras não descritas, ou ainda se eu tiver qualquer dúvida ou problema, devo procurar o meu médico e/ou sua equipe.

As complicações tardias e que podem ser permanentes podem ser, nodulação, endurecimento e dor crônica no local da cirurgia.

Apesar de poder ser tentada a reversão futura dessa cirurgia, ou seja, a recanalização do ducto deferente, quanto maior o tempo de interrupção do deferente, menor o índice de sucesso em readquirir fertilidade.

Apesar de a Vasectomia ser um método de esterilização permanente de esterilização, ela falha em 2% dos casos e gera paternidade em 0,08%.

Uma das causas dessa falha é a existência de um terceiro canal deferente, que por ser anômalo, e as vezes fora do local esperado e que pode ser muito fino, torna-se impossível de sentir na palpação, tornando impossível sua interrupção, e, portanto, tornando a vasectomia, uma forma impossível de contracepção, sendo necessário a discussão de uma outra forma de evitar gestações. Essa situação somente é suspeitada quando após a Vasectomia o espermograma mostra espermatozoides persistentes. Não há um exame fidedigno para diagnosticar previamente à cirurgia a presença do terceiro canal.

Outra causa de falha, é a recanalização espontânea indesejada, ou seja, ocorrer a passagem dos espermatozoides de um coto do ducto deferente ao outro, e voltarem a ser ejaculados e o indivíduo voltar a ser fértil e ocasionar uma gravidez. Essa recanalização pode ocorrer desde precocemente até muitos anos depois da cirurgia. A recanalização espontânea indesejada ocorre em 0,05% dos casos (1 em cada 2000). Nesse caso, exames periódicos de espermogramas nem sempre garantem a não ocorrência de uma gestação indesejada, pois nunca se sabe quando vai acontecer, além do mais, exames mostrando ausência de espermatozoides também não asseguram uma impossibilidade de gestação, pois tal recanalização pode hora ser patente hora não, os chamados “espermatozoides ocasionais”.

O método não interfere na função sexual e nem causa impotência sexual ou disfunção erétil. Até o momento não se conhece nenhuma doença que ocorra mais frequentemente em homens vasectomizados.

O paciente somente poderá retornar a sua atividade sexual sem qualquer forma de anticoncepção quando o espermograma mostrar ausência de espermatozoides no ejaculado. Isto só ocorre, em geral, após 25 ejaculações ou em média 3 meses, que é o tempo necessário do trato genital eliminar todos os espermatozoides do reservatório que está à frente da onde foi feita a secção do ducto deferente.

Fui informado dos métodos contraceptivos alternativos e reversíveis e da possibilidade de congelar espermatozoides do sêmen antes da vasectomia, com a finalidade de manter um reservatório de meus espermatozoides em caso de arrependimento posterior.

Declaro também que tenho mais de 25 anos de idade ou mais de dois filhos vivos, e que meu médico observou o prazo mínimo de sessenta dias entre minha manifestação da vontade ao ato cirúrgico, visando a me desencorajar de uma esterilização possivelmente precoce, e arrependimento posterior, assim como se observa o disposto da Lei n° 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que trata do Planejamento Familiar.

Diante do exposto, eu, abaixo assinado, declaro que meu médico me esclareceu o conteúdo deste Consentimento Informado e que li, entendi e foi me dado tempo suficiente entre a entrega deste Consentimento até a cirurgia. E mesmo com estas possibilidades adversas, manifesto meu desejo em ser submetido a Vasectomia, por minha livre e espontânea vontade.

 

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